A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno em exclusivo até aos seis meses e continuadamente até aos 2 anos de idade com a introdução de alimentos complementares, como leites infantis, papas, sumos e sopas.
Para a sua preparação surge normalmente a questão sobre qual a água a utilizar. Nesta fase inicial de vida em que o bebé está a desenvolver-se é importante considerar todos os aspetos que influenciam a alimentação e a água não é exceção.
As fórmulas infantis são desenvolvidas especialmente para os bebés para garantir um crescimento saudável e por isso já contêm a quantidade de minerais necessários. Assim, a água a utilizar deve ser por isso muito pouco mineralizada para que não se altere os valores recomendados.
Entende-se por pH o marcador que indica se uma substância é ácida ou alcalina.
O pH varia de 0 a 14, sendo considerado neutro quando 7, ácido quando inferior a 7 e alcalino quando superior a 7.
O sangue do corpo humano tem um pH neutro, de aproximadamente 7,4. É da responsabilidade dos pulmões e dos rins manter a estabilidade do ph do corpo. Em condições normais, não está prevista a alteração do pH, se isso acontecer (mesmo alterando por ex.; de 7,4 para 7,6) o ser humano em questão terá evidentes sinais que o levarão aos cuidados intensivos.
Tudo o que bebemos e comemos, vai diretamente para o nosso estômago. Por esta razão, o estômago possui um pH ácido, de 3. Esta acidez, movida pelo ácido gástrico, é fundamental. Trata-se de um importante mecanismo de defesa, pois esteriliza os alimentos evitando infeções por bactérias (que possam, por exemplo, vir da superfície dos alimentos) e é necessário também para o processamento dos alimentos. Do estômago, o alimento vai para os intestinos onde o pH é novamente neutralizado para os aprox. 7,4 com a intervenção de secreções e enzimas do pancreas. Os intestinos são então o principal nivelador, pelo que tudo o que comemos terminará o processo digestivo com o mesmo pH – mesmo sendo inicialmente, ainda no prato ou no copo alimentos de pH diferentes. O nosso corpo é uma máquina incrível, programado para manter seguros e saudáveis os nossos níveis de pH no sangue. Fonte: Entrevista a Jorge J. Nieva, MD, associate professor of clinical medicine at the USC Norris Comprehensive Cancer Center of Keck Medicine of USC.
O valor do pH (potencial hidrogeniónico) traduz a acidez ou a alcalinidade da água. Segundo a OMS, é impossível verificar uma relação direta entre a saúde humana e o pH da água potável, porque o pH está tão intimamente associado a outros aspetos da qualidade da água. O pH é importante quando falamos em água que são sujeitas a tratamento, como é o caso da água da rede pública, e não das águas minerais naturais. Neste caso, o pH pode indicar o nível de corrosão dos metais bem como a eficiência na desinfeção. Quando comemos ou bebemos, independentemente do pH do alimento, este será digerido no estômago, onde a acidez se situa entre 1,5 e 3. Posteriormente voltam a ser alcalinizados ao nível do intestino. Após a sua absorção, alguns nutrientes, revelam potencial acidificante ou alcalinizante mas o organismo tem grande capacidade de auto-regulação e, com exceção da urina, a Dieta não consegue alterar a acidez de qualquer parte do corpo. Concluindo, a água é um solvente, por ser o meio onde ocorrem todas os processos celulares. Atua ainda como meio de transporte dos nutrientes para as células e regula a temperatura do corpo. As funções da água não são manter o organismo alcalino, aliás o pH do sangue é neutro, situa-se entre 7,3 e 7,4.
Luso tem um pH equilibrado, no valor de +- 5,8.
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NUTRICIONISTAS
“Águas da captação ao consumo”
https://www.apn.org.pt/documentos/ebooks/
Carvalho P., Os Mitos que Comemos.
1ª edição, Matéria-prima Edições. 2016.
APIAM
“Águas Minerais Naturais e Águas de Nascente Livro Branco – APIAM 2017”
https://www.apiam.pt/